DOCES CONVENTUAIS

Doces Conventuais  (Portugal)


Sobre o que se diz sobre doces portugueses com nomes de santos e anjos, e não só, são denominados “Doces Conventuais”, exactamente por terem “nascido” nos Conventos. Os Conventos ou Mosteiros, a maior parte deles fundados por reis e príncipes (para além dos instituídos por autoridades clericais), eram por eles dotados de foros , mercês e padroados que lhes garantiam subsistência abastada e farta, até 1834, data da extinção das ordens Religiosas em Portugal.

Os conventos acolhiam nas suas Regras as filhas da nobreza e das famílias mais ricas que, além dos seus dotes de importantes rendas, traziam consigo hábitos de alimentação e receitas familiares que deram a origem a requintadas preparações gastronómicas e a doçaria rica e por vezes complicada.

Guardados ciosamente os segredos das composições e dos métodos de preparação, as receitas eram propriedade do convento que as freiras se comprometiam a ocultar toda a vida.

É claro que sempre aconteciam algumas “fugas de informação”, especialmente das preparações mais fáceis e muito provavelmente as menos dispendiosas. Assim foram entrando nas tradições portuguesas os clássicos da doçaria sazonal: o arroz-doce, o pão-de-ló, a aletria doce e tantos outros.

Ganhou renome na Europa a doçaria portuguesa, farta de açúcar e ovos. Os requintes da doçaria rica seriam seleccionados para as grandes personalidades e ocasiões de pomba; e, para os indivíduos de menor estrutura social, estariam indicados os bolinhos e biscoitos que as congregações classificavam de doçaria pobre. Todas estas guloseimas sedutoras para quem a elas não estava acostumado, eram verdadeiras maravilhas que saíam das mãos prendadas das freiras.

Durante cerca de setecentos anos, este saber foi-se acumulando e evoluindo com novos ingredientes, mil-e-uma experiências e a longa prática das monjas que lhes dedicavam intermináveis horas de trabalho, paciência e devoção, desafiando invejas e mascarando o seu inevitável amor-próprio pela obra bem conseguida. Confrontadas com a necessidade imperiosa de ganharem o seu pão de todos os dias, algumas freiras começaram a tirar partido das suas “prendas” manuais (costuras, bordados e rendas) mas, muito em especial, das receitas da requintada doçaria pelas quais os seus conventos se tinham tornado tão famosos.

E assim, e graças à investigação de muitos estudiosos que “traduziram” as notas manuscritas de muitos arquivos dos mosteiros, vieram saindo a público e ao domínio de muitas mãos leigas as maravilhas dos doces conventuais.

Pastéis de Belém


Ingredientes:

Massa:
  • 300 gr de farinha
  • 250 gr margarina para folhados
  • Sal e água
Recheio:
  • 1/2 L de leite
  • 9 Gemas
  • 10 Colheres (sopa) de açúcar amarelo
  • 1 Saqueta de leite-creme instantâneo
  • 1 Colher de chá de farinha
  • 1 Colher de chá de farinha Maizena
  • 1 Pau de canela
  • 1 Casca de limão
  • 2 Colheres de chá de essência de baunilha em pó
  • Canela e/ou açúcar em pó a gosto


Preparação:

Misture a farinha, o sal e a água; trabalhe a massa até ligar. Divida a margarina em 3 porções. Estenda a massa, espalhe sobre ela 1/3 da margarina e enrole como um tapete. Repita esta operação mais duas vezes, até acabar a margarina. No final deixe descansar 20 minutos. Em seguida corte a massa em quadrados de 2cm de espessura, e coloque cada quadrado sobre uma forma lisa indicada para este tipo de pastéis. Dissolva a saqueta de leite-creme no leite, não muito quente. Leve ao lume em banho-maria as gemas batidas com o açúcar amarelo, o leite-creme dissolvido no leite, o pau de canela, a casca de limão, a farinha, a farinha Maizena e a essência de baunilha até o preparado engrossar. Deixe aquecer levemente e coloque uma porção do preparado dentro de cada forma, que a encha, mas não demasiado. Leve ao forno, até ficarem cozidos e tostados. Podem ser comidos mornos ou frios. Polvilhe-os, se quiser com canela e/ou açúcar em pó a seu gosto.

HISTÓRIA:

No inicio do Século XIX, em Belém, próximo do Mosteiro dos Jerónimos, funcionava uma refinação de cana-de-açúcar associada a um pequeno local de comércio variado. Com a Revolução Liberal de 1820, foram encerrados os 1834 conventos de Portugal, expulsando o clero e os seus trabalhadores. Para sobreviver, alguém do Mosteiro começou a vender nessa loja uns pastéis doces, que se tornaram conhecidos por “Pastéis de Belém”. Nesta altura, a zona de Belém ficava longe da cidade de Lisboa e o percurso era assegurado por barcos a vapor. Mas a Em 1837, iniciou-se o fabrico dos “Pastéis de Belém”, em instalações próximas da refinação, segundo a antiga “receita secreta”, trazida do Esta receita mantém-se igual até hoje e é, exclusivamente, conhecida pelos mestres pasteleiros que os fabricam artesanalmente na “Oficina do Segredo”.

Trouxas da Malveira


Ingredientes:
  • 500 gr claras batidas em castelo
  • 250 gr gemas
  • 600 gr farinha
  • 900 gr açúcar
Juntar tudo e bater. Vai ao forno a cozer.
Recheio:
  • 300 gr amêndoa torrada e moída
  • 350 gr açúcar
  • 2,5l leite
  • 400 gr baunilha
Vai ao lume até engrossar. Depois das Trouxas cozidas coloca-se o creme e polvilha-se com açúcar.



HISTÓRIA:

Inspirada nas antigas lavadeiras saloias, que traziam, à cabeça, as trouxas de roupa que “a freguesa deu ao rol”, Maria Emília Esteves lança em 1952, com um êxito quase imediato, as famosas Trouxas da Malveira, deliciosas tortinhas de pão-de-ló com saboroso creme de baunilha e frutos secos moídos.
A história das trouxas começa nos “segredos” do convento de Odivelas, onde trabalhou durante muitos anos a madrinha de Maria Emília. A simpática senhora, apesar do seu convívio diário com as freiras e respectivas tradições, não trouxe consigo para a Malveira nenhum dos tais “segredos” que se suponha conhecer, tendo aberto “apenas” uma requintada leitaria. Depressa D. Emília apercebeu-se do “erro” e decide lança-se num novo negócio, desta vez num pequeno espaço junto à passagem de nível a que deu o nome de Tentadora. Aí a história foi outra e D. Emília não tinha mãos a medir para tantos pedidos. Então, para a ajudar no negócio, D. Emília, chamou sua a afilhada e uma velha amiga com ela trabalhara no convento de Odivelas, D Teresa e com ela começaram a ser fabricados alguns dos segredos do convento.
D. Teresa começou a fazer as trouxas, um doce muito leve e requintado que confeccionava em pequenas quantidades e destinado a uma clientela mais fina. Com a morte D. Teresa morre, o segredo das trouxas fica na família de D. Emília. E a afilhada D. Maia, decide pega na receita e continua a sua comercialização. Desde então as Trouxas da Malveira ganharam muitos apreciadores.


Queijadas de Sintra




Ingredientes:

Massa
  • 350 gr de farinha
  • 1 pitada de sal fino
  • 75 gr de manteiga
  • 1 ovo
  • 1,2 dl de água
Recheio
  • 4 queijinhos frescos
  • 1,5 colheres (sopa) de farinha
  • 160 g de açúcar
  • 1 pitada de sal fino
  • raspa de 1/2 limão
  • 1 colher (café) de canela em pó
  • 8 gemas
  • 80 gr de manteiga derretida


Preparação:

Pré-aquecer o forno a 190ºC. Preparar a massa : misturar a farinha farinha com o sal e a manteiga cortada em pedacinhos. Amassar, esfregando com a ponta dos dedos. Juntar o ovo e a água. Voltar a amassar. Estender a massa com o auxílio de um rolo na bancada ligeiramente polvilhada com farinha. Recortar 12 círculos na massa. Forrar pequenas formas salpicadas com água com os círculos de massa. Reservar. Passar os queijinhos por um passador de rede fina, pressionando com os dedos. Transferir para uma tigela funda e incorporar o açúcar, o sal, a raspa de limão e a canela. Juntar as gemas e a manteiga derretida. Misturar muito bem até os ingredientes ficarem ligados. Distribuir o creme pelas pequenas formas. Levar a cozer no forno – a 190ºC – por 25-30 minutos. Deixar amornar e desenformar. Servir as queijadas levemente mornas ou frias.

Pastelaria fina

Bolos de Arroz


Ingredientes para 18 unidades:
  • 2,5 dl de leite
  • 2,5 dl de óleo
  • 250 gr de açúcar
  • 3 ovos
  • 200 gr de farinha de trigo
  • 200 gr de farinha de arroz
  • 20 gr de fermento em pó
  • Casca ralada de um limão


Misturar o leite e o óleo com a casca ralado do limão. Pôr ao lume até levantar fervura. Misturar os ovos com o açúcar e juntar ao preparado anterior.
Misturar as duas farinhas com o fermento e juntar aos outros ingredientes. Deixar descansar um pouco. Forrar com papel os aros próprios sem fundo, tanto no fundo como nas paredes.
Encher com o preparado. Polvilhar com açúcar.
Levar ao forno pré-aquecido a 175 graus durante 15 ou 20 minutos.


Pasteis de Feijão


Para a massa:
  • 250 grs de farinha
  • 2 colheres (sopa) de manteiga
  • 1,5 dl de água
  • sal
Para o recheio:
  • 500 grs de açúcar
  • 100 grs de feijão branco cozido
  • 25 grs de amêndoas
  • 6 ovos
  • 6 gemas
  • farinha
  • açúcar em pó
Confecção:
Deite a farinha numa tigela e junte a manteiga derretida, uma pitada de sal e a água. Trabalhe muito bem até formar uma bola. Tape a massa com um pano seco e, sobre este, coloque um outro molhado, mas bem espremido, deixando a massa repousar.
Entretanto, pele e rale as amêndoas e passe o feijão. Junte as amêndoas ao puré de feijão e adicione os ovos inteiros e as gemas, passados por um passador de rede.
Leve o açúcar ao lume com um pouco de água e deixe ferver até atingir ponto assoprado (assoprando através dos furos da escumadeira, formam-se pequeninas bolas idênticas às bolas de sabão). Adicione o xarope ao preparado anterior, misturando tudo muito bem.
Enquanto o recheio arrefece, forre formas de queques com uma camada fina da massa anteriormente preparada. Encha as formas com o recheio, polvilhe com um pouco de farinha e, por último, com açúcar em pó. Leve a cozer em forno quente (225º C) durante cerca de 25 minutos.

Tortas de Azeitão


Ingredientes
  • 10 claras de ovo
  • 10 gemas de ovo
  • 200 gr de açúcar
  • 35 gr farinha
Confecção
Bater as gemas com o açúcar até obter um creme espesso. Juntar a farinha e bater só o tempo necessário para a envolver. Juntar as claras batidas em castelo, manualmente.
Colocar em tabuleiro untado ou, em couvetes individuais metálicas esperar +- 10 minutos e cozer à temperatura de 220º (forno médio quente).
Retirar as tortas ainda mornas, barrar com doce de ovos e enrolar.
(Estas tortas são individuais por conseguinte faça-as com um diâmetro de +- 5 cm e um comprimento de +- 8 cm. Há outra coisa. Estas tortas devem ficar com o aspecto de meias cruas, amarelinhas na totalidade).

Quindins


Ingredientes
(para cerca de 12 quindins)
3 ovos inteiros
3 gemas
200gr de açúcar
100gr de coco ralado
6 cerejas em calda (ou cristalizadas demolhadas)
Preparação:
Põe-se numa tigela o coco esfarelado. Junta-se o açúcar, os ovos inteiros e as gemas e bate-se até tudo ficar misturado.
Untam-se forminhas ou um tabuleiro de “muffins” e divide-se a massa pelas forminhas. Colocam-se as formas ou o tabuleiro de “muffins” dentro de outro tabuleiro que deve conter água fervente e levam-se a assarem forno moderado 180ºC.
Logo que os quindisn começem a levantar da forma estão prontos, o que deve demorar cerca de 15 a 20 minutos.
Desenformam-se os quindins e decoram-se com 1/2 cereja em calda e colocam-se em caixinhas de papel frisado.

Ingredientes
(para cerca de 12 quindins)

  • 3 ovos inteiros
  • 3 gemas
  • 200gr de açúcar
  • 100gr de coco ralado
  • 6 cerejas em calda (ou cristalizadas demolhadas)


Preparação:

Põe-se numa tigela o coco esfarelado. Junta-se o açúcar, os ovos inteiros e as gemas e bate-se até tudo ficar misturado.
Untam-se forminhas ou um tabuleiro de “muffins” e divide-se a massa pelas forminhas. Colocam-se as formas ou o tabuleiro de “muffins” dentro de outro tabuleiro que deve conter água fervente e levam-se a assar em forno moderado 180ºC.
Logo que os quindisn começem a levantar da forma estão prontos, o que deve demorar cerca de 15 a 20 minutos.
Desenformam-se os quindins e decoram-se com 1/2 cereja em calda e colocam-se em caixinhas de papel frisado.

Pastéis de Nata


Ingredientes
(para +/- 15-20 unidades)
400 g de massa folhada
300 g de açúcar
6 gemas + 2 ovos
5 dl de leite
2 colheres (sopa) de farinha
1 dl de água
farinha para polvilhar
manteiga para untar
Preparação
Pré-aquecer o forno na temperatura máxima (250ºC, no meu caso). Untar forminhas de alumínio com manteiga. Reservar.
Estender a massa folhada na bancada polvilhada de farinha com o auxílio de um rolo até ficar fina. Sacudir a farinha e pincelar um dos lados da massa com água. Recortar rodelas de massa de tamanho adaptado ao das formas. Forrar as forminhas com as rodelas de massa, com o lado molhado para fora, pressionando bem com a ponta dos dedos.
Colocar a água e o açúcar num tachinho. Levar ao lume, mexendo, até obter oponto de fio*. Reservar.
Numa tigela, bater as gemas com os ovos. Juntar a farinha previamente dissolvida num pouco de leite, o leite restante e mexer muito bem. Adicionar a calda de açúcar em fio, mexendo sempre.
Levar o preparado ao lume, em banho-maria, mexendo sem parar por 10 minutos. Retirar o creme do lume e dividí-lo pelas formas.
Colocar as formas no tabuleiro do forno e levar a dourar a 250ºC por aproximadamente 25 minutos, ou até os pastéis ficarem bem douradinhos.
Retirar os pastéis do forno e deixar arrefecer. Desenformar e servir, acompanhando com açúcar e canela em pó à parte.
* Ponto de fio : consegue-se atingir o ponto de fio quando, ao retirar um pouco de calda com uma colher ou um garfo, se forma um fio fino que acompanha o movimento.
(para +/- 15-20 unidades)

  • 400 g de massa folhada
  • 300 g de açúcar
  • 6 gemas + 2 ovos
  • 5 dl de leite
  • 2 colheres (sopa) de farinha
  • 1 dl de água
  • farinha para polvilhar
  • manteiga para untar



Pré-aquecer o forno na temperatura máxima (250ºC, no meu caso). Untar forminhas de alumínio com manteiga. Reservar.

Estender a massa folhada na bancada polvilhada de farinha com o auxílio de um rolo até ficar fina. Sacudir a farinha e pincelar um dos lados da massa com água. Recortar rodelas de massa de tamanho adaptado ao das formas. Forrar as forminhas com as rodelas de massa, com o lado molhado para fora, pressionando bem com a ponta dos dedos.

Colocar a água e o açúcar num tachinho. Levar ao lume, mexendo, até obter o ponto de fio*. Reservar.

Numa tigela, bater as gemas com os ovos. Juntar a farinha previamente dissolvida num pouco de leite, o leite restante e mexer muito bem. Adicionar a calda de açúcar em fio, mexendo sempre.

Levar o preparado ao lume, em banho-maria, mexendo sem parar por 10 minutos. Retirar o creme do lume e dividí-lo pelas formas.

Colocar as formas no tabuleiro do forno e levar a dourar a 250ºC por aproximadamente 25 minutos, ou até os pastéis ficarem bem douradinhos.

Retirar os pastéis do forno e deixar arrefecer. Desenformar e servir, acompanhando com açúcar e canela em pó à parte.


* Ponto de fio : consegue-se atingir o ponto de fio quando, ao retirar um pouco de calda com uma colher ou um garfo, se forma um fio fino que acompanha o movimento.


Babás


250 g de farinha de trigo
25 g de fermento de padeiro
1 dl de leite morno
25 g de açúcar
125 g de margarina
2 ovos
margarina para untar as formas
farinha para polvilhar
Para a calda:
500 g de açúcar
3,5 dl de água
1 casquinha de limão
1 cálice de rum ou de brandy
Para rechear:
250 g de natas e 50 g de açúcar, batidos em chantilly
Deite a farinha de trigo numa tigela grande, abra-lhe uma cavidade ao meio, deite aí o fermento padeiro, esfarele-o bem com os dedos e depois junte-lhe o decilitro de leite morno e amasse-o com a farinha que for necessária para obter massa mole mas capaz de formar uma bola; dê-lhe então um golpe em cruz e deixe-o crescer cerca de 10m. Raspe bem os dedos com raspador para aproveitar bem o fermento. Enquanto este cresce derreta a margarina (125 g).
Quando o fermento tiver crescido, junte-lhe o açúcar e os ovos e amasse-os muito bem com a farinha; bem batidos e amassados para não ficarem grumos na massa.
Por último, junte a margarina derretida, mas não quente, e volte a bater e amassar bem, quer à mão quer com colher de pau, deve ficar massa mole mas elástica.
Depois de bem amassada, tape com um pano e deixe crescer em ambiente aquecido, leva 45 a 60 m. para crescer para o dobro.
Entretanto, unte abundantemente as forminhas com margarina e polvilhe-as com farinha.
Depois de ter crescido, deite em cada forminha 1 colher (sopa) de massa.
Deixe crescer de novo a massa, normalmente, leva agora pouco mais de meia hora.
Coloque com cuidado as forminhas num tabuleiro e leve a cozer em forno muito quente uns 20-25 m., ou pouco mais.
Não convém abrir a porta do forno nos primeiros 10m.
Depois, verifique se estão cozidos, retire e desenforme-os.
Misture 0,5 kg de açúcar com 3,5 dl de água e a casquinha de limão e leve ao lume para ferver 2 minutos exactos.
Junte então o rum ou brandy.
Meta os babásna calda, dois ou três de cada vez para que fiquem completamente enxaropados mas, agora, com a calda a ferver o mínimo possível, conservando-a só «quente a ferver» com o mínimo de lume.
Com uma escumadeira, vá-os calcando ao de leve para que tomem bem o xarope, retire-os bem escorridos e deixe-os arrefecer um pouco.
Se, entretanto, o xarope ganhar ponto, junte-lhe umas pinguinhas de água quente.
Com uma faquinha ou com um corta-bolachas, dê-lhes um golpe circular na parte superior, formando uma rodela com a profundidade de cerca de 1,5 cm.
Com a ponta de uma faquinha retire-lhe a «tampinha».
Recheie as cavidades com chantilly de modo que o montinho de chantilly fique saliente; convém fazer este trabalho com um saco de pasteleiro com boquilha ou com uma seringa.
Depois pode optar: ou cobrir o chantilly com a própria tampinha, ou com a tampinha e fios de ovos, ou só com fios de ovos, ou com uma cerejinha.

  • 250 g de farinha de trigo
  • 25 g de fermento de padeiro
  • 1 dl de leite morno
  • 25 g de açúcar
  • 125 g de margarina
  • 2 ovos
  • margarina para untar as formas
  • farinha para polvilhar


Para a calda:

  • 500 g de açúcar
  • 3,5 dl de água
  • 1 casquinha de limão
  • 1 cálice de rum ou de brandy


Para rechear:

  • 250 g de natas e 50 g de açúcar, batidos em chantilly




Deite a farinha de trigo numa tigela grande, abra-lhe uma cavidade ao meio, deite aí o fermento padeiro, esfarele-o bem com os dedos e depois junte-lhe o decilitro de leite morno e amasse-o com a farinha que for necessária para obter massa mole mas capaz de formar uma bola; dê-lhe então um golpe em cruz e deixe-o crescer cerca de 10m. Raspe bem os dedos com raspador para aproveitar bem o fermento. Enquanto este cresce derreta a margarina (125 g).
Quando o fermento tiver crescido, junte-lhe o açúcar e os ovos e amasse-os muito bem com a farinha; bem batidos e amassados para não ficarem grumos na massa.

Por último, junte a margarina derretida, mas não quente, e volte a bater e amassar bem, quer à mão quer com colher de pau, deve ficar massa mole mas elástica.

Depois de bem amassada, tape com um pano e deixe crescer em ambiente aquecido, leva 45 a 60 m. para crescer para o dobro.

Entretanto, unte abundantemente as forminhas com margarina e polvilhe-as com farinha.

Depois de ter crescido, deite em cada forminha 1 colher (sopa) de massa.

Deixe crescer de novo a massa, normalmente, leva agora pouco mais de meia hora.

Coloque com cuidado as forminhas num tabuleiro e leve a cozer em forno muito quente uns 20-25 m., ou pouco mais.

Não convém abrir a porta do forno nos primeiros 10m.

Depois, verifique se estão cozidos, retire e desenforme-os.

Misture 0,5 kg de açúcar com 3,5 dl de água e a casquinha de limão e leve ao lume para ferver 2 minutos exactos.

Junte então o rum ou brandy.

Meta os babás na calda, dois ou três de cada vez para que fiquem completamente enxaropados mas, agora, com a calda a ferver o mínimo possível, conservando-a só «quente a ferver» com o mínimo de lume.

Com uma escumadeira, vá-os calcando ao de leve para que tomem bem o xarope, retire-os bem escorridos e deixe-os arrefecer um pouco.

Se, entretanto, o xarope ganhar ponto, junte-lhe umas pinguinhas de água quente.

Com uma faquinha ou com um corta-bolachas, dê-lhes um golpe circular na parte superior, formando uma rodela com a profundidade de cerca de 1,5 cm.

Com a ponta de uma faquinha retire-lhe a «tampinha».

Recheie as cavidades com chantilly de modo que o montinho de chantilly fique saliente; convém fazer este trabalho com um saco de pasteleiro com boquilha ou com uma seringa.

Depois pode optar: ou cobrir o chantilly com a própria tampinha, ou com a tampinha e fios de ovos, ou só com fios de ovos, ou com uma cerejinha.

Fofos de Chocolate com Vinho do Porto


PARA 16 UNIDADES:
- 250 g de farinha
- 200 g de açúcar
- 80 g de margarina
- 150 g de chocolate em barra
- 1 dl de Vinho do Porto
- 6 ovos
- 1 colher (chá) bem cheia de fermento
- Açúcar em pó para polvilhar
Ligue o forno a 180 graus. Unte as 16 formas com margarina e polvilhe com farinha.
Numa tigela, junte a margarina e o chocolate e leve-os a derreter em banho-maria. Adicione o açúcar e comece a bater. Junte as gemas, uma a uma, e adicione depois o Vinho do Porto batendo sempre. Depois junte a farinha e o fermento, peneirados aos poucos, batendo continuamente e – por fim – bata as claras em castelo e envolva-as cuidadosamente no preparado.
Encha as formas em 2/3, coloque-as em tabuleiros e leve ao forno durante 30 minutos. Espete um palito para verificar a cozedura, retire do forno, desenforme e deixe arrefecer. Na hora de servir, polvilhe com açúcar em pó.

PARA 16 UNIDADES:
  • 250 g de farinha
  • 200 g de açúcar
  • 80 g de margarina
  • 50 g de chocolate em barra
  • 1 dl de Vinho do Porto
  • 6 ovos
  • 1 colher (chá) bem cheia de fermento
  • Açúcar em pó para polvilhar


Ligue o forno a 180 graus. Unte as 16 formas com margarina e polvilhe com farinha.
Numa tigela, junte a margarina e o chocolate e leve-os a derreter em banho-maria. Adicione o açúcar e comece a bater. Junte as gemas, uma a uma, e adicione depois o Vinho do Porto batendo sempre. Depois junte a farinha e o fermento, peneirados aos poucos, batendo continuamente e – por fim – bata as claras em castelo e envolva-as cuidadosamente no preparado.
Encha as formas em 2/3, coloque-as em tabuleiros e leve ao forno durante 30 minutos. Espete um palito para verificar a cozedura, retire do forno, desenforme e deixe arrefecer. Na hora de servir, polvilhe com açúcar em pó.

Bolas de Berlim


(para 12-15 unidades)
  • 0,5 kg de farinha
  • 1,3 dl de leite
  • 60 g de açúcar
  • 50 g de fermento de padeiro
  • 1 limão
  • 1 gema
  • 1 pitada de sal
  • cerca de 200 g de doce
  • óleo ou azeite para fritar
  • açúcar para polvilhar ou glace para cobrir


Ponha a farinha numa tigela e faça uma cova no meio. Amorne 2 colheres de sopa de leite e dissolva nele primeiro o açúcar e depois o fermento esfarelado. Deite na cova. Polvilhe com alguma farinha e deixe levedar até aparecerem fendas na farinha.
Lave o limão, seque em papel de cozinha e rale a casca de metade. Junte o resto do leite, a gema, o sal e a raspa da casca de limão à massa que esteve a levedar. Em seguida, mexa e amasse tudo até obter uma massa homogénea. Cubra e deixe levedar durante cerca de 30 minutos. Molde bolas, pondo 1 colher de chá de doce no meio de cada uma. Volte a deixar levedar tapadas.
Numa fritadeira funda, aqueça bastante óleo até se formarem bolhinhas numa colher de pau. Frite aí as bolas, virando-as uma vez, até alourarem. Deixe escorrer e passe, ainda quentes, por açúcar ou cubra com glace.

Bolas de Berlim (2)


  • 0,5 kg de farinha e mais alguma para polvilhar
  • 30 g de fermento de padeiro
  • sal q.b.
  • 125 g de margarina
  • 150 g de açúcar
  • raspa do vidrado de limão ou laranja
  • 3 ovos
  • 1/2 dl de leite levemente aquecido
  • óleo q.b. para fritar as bolas
  • canela e açúcar misturados, na proporção de 5 colheres (sopa) de açúcar para 1 de canela moida
CREME PASTELEIRO
  • 75 g de açúcar
  • 30 g de farinha de trigo (1 colher bem cheia)
  • 1 ovo inteiro e 1 gema
  • 2,5 dl de leite
  • 1 casquinha de limão
  • 1 pauzinho de canela


O processo de amassar é idêntico ao do bolo-rei e do folar: deite a farinha sobre a mesa, abra-lhe uma cavidade ao centro, deite aí o fermento de padeiro e o leite e amasse-os com um pouco de farinha que os rodeia; faça uma bolinha, dê-lhe dois golpes superficiais em cruz e deixe crescer.
Depois de o fermento ter crescido, retire do meio da farinha e amasse aí o açúcar com a margarina e a raspa do limão ou laranja, muito bem amassados; junte-lhe depois o fermento, o sal e os ovos, um a um, e continue a amassar e a bater a massa até que, polvilhando com a ajuda de mais um pouco de farinha, ela se descole da mesa.
Forme uma bola e deixe levedar até crescer praticamente para o dobro. Corte pequenas porções com o peso de 50 g cada e coloque-as, intervaladas, num tabuleiro ou sobre a mesa polvilhada com farinha. Deixe levedar bem e crescer novamente.
Depois de terem crescido bastante, frite-as em óleo pouco quente, lentamente, virando-as de vez em quando para fritarem por igual; trate a massa com muito cuidado para não a deformar.
Depois de fritas, retire-as, escorra-as e polvilhe-as muito bem com a mistura de açúcar e canela.
Depois de polvilhadas, com uma tesoura limpa, faça-lhes uma abertura, na qual, com a ajuda de uma colher, introduz porções de creme pasteleiro frio.

Creme
Ferva o leite com a casca do limão e o pauzinho de canela; misture muito bem o açúcar com a farinha, junte os ovos, mexa bem e adicione depois o leite fervido, passado pelo passador, devagarinho e mexendo sempre.
Leve ao lume e mexa bem com a colher de pau, sem parar, até ferver, raspando bem no fundo para não pegar.
Logo que ferva retire do lume e despeje num recipiente.





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